terça-feira, 20 de março de 2007

BoxWorld

Umas semaninha em Forlí em intercâmbio, dois Portugueses, uma Belga, uma Italiana, um dia de filmagem, um dia de edição de video, um dia edição de som, um festival, um sorriso na cara.

Com agradecimentos especiais a Gigi, Natalie, Udo e à grande Ieva
( JAAAAAAMMMAAAAAAAAAAAAAAAAAALLLLL!!!)


terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Contos De EmBalar

Conto Dois 


Quando saí de casa senti o abraço frio da madrugada. Vesti a capa sobre os ombros e acendi o pequeno-almoço, 1,31 miligramas de nicotina para alegrar o dia.

Ao dobrar a esquina deparei-me com um tipo que me lembrava um Bulldog, de olhos nervosos, a forçar a fechadura duma viatura que para ali se encontrava. Quando me viu ficou paralisado, com a dúvida a brilhar por detrás dos seus olhos. Quase podia ouvir as engrenagens no seu cérebro a girar, tossir e morrer. Concedi-lhe um aceno de cumplicidade e segui o meu caminho.

Ele fazia o seu trabalho e eu ia fazer o meu.

Dias passados à mesma hora e na mesma esquina deparei-me com o mesmo tipo a quebrar o vidro do meu velho mas impecável Mercedes negro. O gajo deu por mim e acenou-me cumplicemente. Quando senti o coice do canhão e enquanto os seus poucos miolos  dançavam no ar, dei por mim a contemplar que ontem à noite havia deixado o carro na garagem...









 

O ultimo filho de Adão… e já agora… de Eva…

Joaquim Carpinteiro com um último retoque de génio completou o pilar maciço de macacos do nariz.

Contemplou-a à distância da base até ao pico, a sua base castanha da porcaria agarrada e o topo de um verdinho vivaço e virgem vindo directamente das suas mucosas. Foi com orgulho que se deu conta a comparar a sua pessoa com os grandes génios do Renascimento e a ponderar o que havia sentido Miguel Ângelo ao terminar O David.

Quando se é o ultimo homem da terra não há muito que se possa fazer. Joaquim fazia o que podia para afastar o tédio.

Barba aparada, duas vezes ao dia.

After shave… sempre.

Unhãca do pé cortada rentinha.

Fumar uma ganza.

Apreciar uma boa cagada...

Tentar não borrar as bordas.

Preparar um bom repasto.

Ver se dá para apreciar outra cagadela.

Dormir a boa da sesta.

Acordar com treçolho.

Outra ganzita, esta para despertar.

Apreciar o Silêncio no telhado.

Fisgar o pombo.

Ver porno.

Fumar ganza.

Ver porno.

Repasto.

Tequilla.

Desmair.

Acordar.

Novo dia.

O dia tinha começado como todos os outros com a pequena excepção que na parte do Silêncio Joaquim ponderava se havia de estoirar o tico e o teco com arma de fogo, ou como ele dizia, acabar à cowboy, ou então fingir que tinha sido sem querer quando tropeçasse no telhado e se esborrachasse todo lá em baixo.

Surpresa é um eufemismo, mas vamos dizer que foi o que sentiu quando ouviu a campainha tocar.

Foi com uma mão trémula que abriu a porta a três mulheres de seios salientes e de brilho guloso nos olhos que desmascara qualquer fufa.

A brigada da fufice vinha reivindicar o seu direito à fufice de um mundo livre de homens. Joaquim convidou-as a entrar e mostrou-lhe a casa e a sua obra, que reconheceu com uma extensão da sua pessoa. Interrogou-se se os rumores do esquadrão de eliminação era verdadeiros, em que a dita eliminação era praticada através dum bacanal até à morte. Esse pensamento trouxe-lhe um sorriso alegre à cara e efectuou uma alteração no topo do seu top de maneiras fixes de um gajo morrer.

Ofereceu-se para preparar um chá que depois o sorveram em uma pequena sala de estar em silêncio, silêncio esse que foi quebrado com o tombar dos três corpos de fufas inconscientes.

Joaquim arrastou-as até a um pequeno alçapão e desceu-as uma a uma. Para lá do alçapão encontrava-se uma miríade de mulheres acorrentadas e a trabalhar. Coser, varrer, cozinhar, construir era o seu lema. Mais para o fundo uma cresce com os seus filhos. Noutra ponta rapazes mais velhos ensinavam os mais novos a lutar. Joaquim deu por si a pensar se foi orgulho que Miguel Ângelo sentiu  e deu por si a transbordar dele.

A campainha tocou. Surpresa? Vamos supor que sim…



 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Uma corrida de cavalos

Esta estória não me pertence. Ouvi da boca do meu grande amigo Eduardo, lá pelas terras do nosso Portugal. Contou-ma quando lhe dava boleia para casa, no meu magnifico carro nipónico de 89, e disse me que havia surgido pelo génio de um seu amigo de ciclo pela necessidade de uma redacção para uma aula de Português. Não sei como se chama esse seu amigo e espero que não me leve a mal. Acho que uma boa estória não deve ficar perdida na memória, ao menos que fique perdida na Internet…



UMA CORRIDA DE CAVALOS



Trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá trá lá… E ganhou o cavalo da pista 8!!!!



Por Amigo do Eduardo



 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Contos De EmBalar

Conto Um


   Estava num dia que não estava para aturar merdas.
   O gajo à minha frente insistiu em lamuriar-se como um bebé quando lhe dei duas bordoadas para ver se atinava.
   Como eu disse… não estava para aturar merdas...
   O tipo lembrou-me, como se eu me fosse esquecer, que era meu irmão. Isso irritou-me profundamente. Detesto chantagens. Pensei em sacar da .35 e esborrifar-lhe os miolos na bonita parede azul-bebé, mas, isso ia me irritar ainda mais, sendo ele um convidado em minha casa e os convidados, simplesmente, não andam por aí a esborrifar com miolos a parede azul-bebé dos anfitriões.
   Decidi experimentar explicar as cenas à minha maneira, clara e sucintamente, como se explica a uma criança ou a um bicho de quatro patas.
   “Fizeste merda! Vais ter que pagar”
   Olhou para mim com aquele ar de bebé chorão de beicinho tremelicando e adiantei:
   “ Mandaram-me limpar-te o sebo, mas, como sempre foste um gajo porreiro e até és meu irmão, fico-te só com uma orelha. Depois pões-te nas putas da parvónia e nunca mais ninguém te bota a vista em cima”
   Isto ia deixar uma ponta solta no meu currículo e eu não gosto de deixar pontas soltas. Mas o gajo ainda era só um puto e também só atropelou o cão do velho! Acho que se o velho soubesse que o tipo que mandou matar era seu filho acabaria por achar o gesto bonito.
   Passei-lhe a pinga que trago sempre comigo. A pinga ajuda sempre.
   O puto gritou desalmadamente.
   Yape! O dia começou merdoso. Como todos os dias em que se dorme merdosamente e isso estava a acontecer com mais frequência do que desejava. Podia ser da consciência mas a minha andava bastante limpa não vá eu confessar-me semanalmente.